segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sucesso perene sem perseguir modas, Sade canta pela primeira vez no Rio de Janeiro neste sábado

RIO - Assim como Madonna, ela virou uma superestrela em meados dos anos 1980 e nunca mais perdeu seu brilho. Acabam por aí as semelhanças da material girl com Sade Adu, 52 anos, cantora nigeriana que se apresenta neste sábado, às 21h30m, na HSBC Arena. Em seus 27 anos de sucesso, ela lançou apenas seis álbuns de estúdio (que venderam 50 milhões de cópias mundialmente), se deu ao luxo de parar de fazer shows por longos períodos e foi absolutamente discreta em sua vida pessoal.

Enquanto Madonna perseguia o Santo Graal do hype, mudando de estilo musical e visual a cada temporada, Sade manteve o cabelo preso, seguiu vestindo-se sem exageros ou ousadias e só ganhou elogios por sua elegância. E, num caso raríssimo no pop, os músicos de sua banda - chamada Sade - seguiram os mesmos. Do disco de estreia, "Diamond life" (1984), ao mais recente, "Soldier of love" (2010), são Stuart Matthewman (sax e guitarra), Andrew Hale (teclados) e Paul S. Dewman (baixo) que a ajudam a criar seu som único.


Sucessos como "Smooth operator", "Your love is king", "The sweetest taboo", "No ordinary love" e "By your side" valeram a Sade, por um lado, a imagem de uma cantora pop sofisticada, que soube aliar o melhor de suas influências soul (Marvin Gaye, Donny Hathaway e Aretha Franklin) a uma inflexão jazzística - algo que funcionaria bem, quase 20 anos depois, para uma jovem Amy Winehouse.

Por outro, a radiofonia inofensiva de suas canções (e a ambiência pretensamente chique de seus primeiros videoclipes) a associaram irremediavelmente aos lobbies de hotel, elevadores, corredores de shopping e outros ambientes de espera onde o tempo parece congelado.

Mas Sade Adu não é daquelas que ouvem a crítica. Em seu show de duas horas, ela canta todos os sucessos. A turnê que a traz pela primeira vez aos palcos brasileiros é a sua primeira em quase uma década. Logo depois de acabar os compromissos com o CD "Lover's rock" (2000), ela voltou para sua casa, na Inglaterra, e foi cuidar da família.

Quando resolveu gravar "Soldier of love", pediu aos músicos: não contem nada à gravadora. E fez tudo do seu jeito - na capa, até posou de costas. Mas a Sony nem teve do que reclamar: o CD vendeu três milhões de cópias.

By: Margareth

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